Sobre a Índia – primeiras impressões

Bom, estou no país a aproximadamente 2 horas e acho que já posso dizer que uma característica geral aqui é a falta de orgazinação (o que vai ser um problema enorme pra mim). Começando pela fila da imigração, que eles fizeram um esquema que pra mim não fez o menor sentido… Colocaram todo mundo (todo mundo mesmo, imigrante, indiano, idosos, mulheres com crianças de colo) numa fila gigante. E lá na frente tinha entre 5 e dez guichês funcionando. Ao invés de cada guichê chamar o primeiro da fila única, essa fila foi dividida em uma fila individual pra cada guichê. Na frente de todo mundo tinha uma mulherzinha que decidia pra qual fila de qual guichê vc ia baseando, aparentemente, no tamanho da fila ¬¬ Não era dividido por fila de família, de crianças, de indianos ou entrangeiros. Ela redistribuia as pessoas ao seu bel-prazer… Vai entender.

Bom, aí o cara me pegou de taxi e tal (tava com meu nome lá no papelzinho e tudo, olha que chic!) e gentilmente deixou eu levar minhas malas sozinha até o estacionamento do aeroporto. Minha malinha básica de 32 kgs que veio com uma etiqueta amarela da companhia aérea escrito “HEAVY”. Enfim, durante o passeio de taxi (que demorou +- 1 hr) deu pra entender como funciona o trânsito aqui. Algumas coisas cusiosas:

– Aqui é mão inglesa. O contrário da gente.
– A buzina é o que tem de mais importante no seu carro. Seta? Retrovisor? A maioria dos carros nem tem o retrovisor esquerdo. Mas a buzina é imprescindível. É utilizada pra avisar que tá passando, avisar que vai mudar de pista, avisar que tá indo e nao vai frear pro cara da frente, avisar pro outro cara que não vai deixar ele entrar na sua pista, enfim, pra quase tudo. E quem buzinar por mais tempo ganha a preferência (se não ganhar a gente invade a contra-mão). E por causa disso os motoristas ficam treinando a buzina mesmo quando não tem absolutamente ninguém perto do carro.
– O conceito de faixa simplesmente não existe. Três faixas viram cinco ou até seis. O que couber.
– Se apertar cabe mais gente. Os carros passam super colados uns nos outros, e ninguém pára, só no último segundo antes de bater.
– Vc pode virar em praticamente qualquer rua que quiser, de qualquer local que vc estiver. Se a rua der mão, é só atravessar a avenida de 5 pistas.

Pelo menos eu cheguei aqui na empresa e parece ser diferente. Tinham meu quarto reservado, já tenho crachá com foto e tudo mais. Igual gente grande.

Agora to morta… Vou ver se tomo um banho pra não dormir. São 5 da manhã no Brasil e eu passei uma noite dormindo no avião =/

5 thoughts on “Sobre a Índia – primeiras impressões”

  1. Gi, fiquei superfeliz por você já estar aí. Toda essa desorganização já foi uma ótima experiência: quando você chegar aqui, e estiver num congestionamento gigante na Pedro II seis da tarde, voltando do campus, você vai ter a sensação de que a rua é só sua… bjs prá você, querida!

  2. Não achei nada trivial que um diagrama de Voronoi possa ser construído com o algoritmo de Fortune, mas esou pensando sobre o assunto e dou a minha palavra final depois. Já sobre o Largest Empty Circle, posso te adiantar que ele se encontra exatamente sobre a minha conta bancária…kkk

    No mais, se a sua mala com a etiqueta HEAVY for cor de rosa, merece um registro!

  3. Que bom que você chegou legal e mantendo o bom humor com as excentricidades daí, Gi. Quanto ao passeio de + ou – 1 hora de taxi é isso mesmo (o trajeto aeroporto/infosys no googlemaps prevê 58 minutos). Na dúvida, se oriente… Só não sei se será pela constelação do Cruzeiro do Sul, mas depois você nos conta sobre as estrelas daí…

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